A
entrada triunfal de Jesus em Jerusalém
Mc.11.1-10.
Lc.19.29-38
1 Quando se aproximaram de Jerusalém,
e chegaram a Betfagé, ao Monte das Oliveiras, enviou Jesus dois discípulos,
dizendo-lhes:
2 Ide à aldeia que está defronte de
vós, e logo encontrareis uma jumenta presa, e um jumentinho com ela;
desprendei-a, e trazei-mos.
3 E, se alguém vos disser alguma
coisa, respondei: O Senhor precisa deles; e logo os enviará.
4 Ora, isso aconteceu para que se
cumprisse o que foi dito pelo profeta:
5 Dizei à filha de Sião: Eis que aí te
vem o teu Rei, manso e montado em um jumento, em um jumentinho, cria de animal
de carga.
6 Indo, pois, os discípulos e fazendo
como Jesus lhes ordenara,
7 trouxeram a jumenta e o jumentinho, e
sobre eles puseram os seus mantos, e Jesus montou.
8 E a maior parte da multidão estendeu
os seus mantos pelo caminho; e outros cortavam ramos de árvores, e os
espalhavam pelo caminho.
9 E as multidões, tanto as que o
precediam como as que o seguiam, clamavam, dizendo: Hosana ao Filho de Davi!
bendito o que vem em nome do Senhor! Hosana nas alturas!
10 Ao entrar ele em Jerusalém, agitou-se
a cidade toda e perguntava: Quem é este?
11 E as multidões respondiam: Este é o
profeta Jesus, de Nazaré da Galiléia.
A purificação
do templo
Mc.11.15-18.
Lc.19.45-48
12 Então Jesus entrou no templo,
expulsou todos os que ali vendiam e compravam, e derribou as mesas dos
cambistas e as cadeiras dos que vendiam pombas;
13 e disse-lhes: Está escrito: A minha
casa será chamada casa de oração; vós, porém, a fazeis covil de salteadores.
14 E chegaram-se a ele no templo cegos e
coxos, e ele os curou.
15 Vendo, porém, os principais
sacerdotes e os escribas as maravilhas que ele fizera, e os meninos que
clamavam no templo: Hosana ao Filho de Davi, indignaram-se,
16 e perguntaram-lhe: Ouves o que estes
estão dizendo? Respondeu-lhes Jesus: Sim; nunca lestes: Da boca de pequeninos e
de criancinhas de peito tiraste perfeito louvor?
17 E deixando-os, saiu da cidade para
Betânia, e ali passou a noite.
A
figueira infrutifera
Mc.11.12-14
e 19-24
18 Ora, de manhã, ao voltar à cidade,
teve fome;
19 e, avistando uma figueira à beira do
caminho, dela se aproximou, e não achou nela senão folhas somente; e disse-lhe:
Nunca mais nasça fruto de ti. E a figueira secou imediatamente.
20 Quando os discípulos viram isso,
perguntaram admirados: Como é que imediatamente secou a figueira?
21 Jesus, porém, respondeu-lhes: Em
verdade vos digo que, se tiverdes fé e não duvidardes, não só fareis o que foi
feito à figueira, mas até, se a este monte disserdes: Ergue-te e lança-te no
mar, isso será feito;
22 e tudo o que pedirdes na oração,
crendo, recebereis.
O
batismo de João
Mc.11.27-33.
Lc.20.1-8
23 Tendo Jesus entrado no templo, e
estando a ensinar, aproximaram-se dele os principais sacerdotes e os anciãos do
povo, e perguntaram: Com que autoridade fazes tu estas coisas? e quem te deu
tal autoridade?
24 Respondeu-lhes Jesus: Eu também vos
perguntarei uma coisa; se ma disserdes, eu de igual modo vos direi com que
autoridade faço estas coisas.
25 O batismo de João, donde era? do céu
ou dos homens? Ao que eles arrazoavam entre si: Se dissermos: Do céu, ele nos
dirá: Então por que não o crestes?
26 Mas, se dissermos: Dos homens,
tememos o povo; porque todos consideram João como profeta.
27 Responderam, pois, a Jesus: Não
sabemos. Disse-lhe ele: Nem eu vos digo com que autoridade faço estas coisas.
A
parábola dos dois filhos
28 Mas que vos parece? Um homem tinha
dois filhos, e, chegando-se ao primeiro, disse: Filho, vai trabalhar hoje na
vinha.
29 Ele respondeu: Sim, senhor; mas não
foi.
30 Chegando-se, então, ao segundo,
falou-lhe de igual modo; respondeu-lhe este: Não quero; mas depois,
arrependendo-se, foi.
31 Qual dos dois fez a vontade do pai?
Disseram eles: O segundo. Disse-lhes Jesus: Em verdade vos digo que os
publicanos e as meretrizes entram adiante de vós no reino de Deus.
32 Pois João veio a vós no caminho da
justiça, e não lhe deste crédito, mas os publicanos e as meretrizes lho deram;
vós, porém, vendo isto, nem depois vos arrependestes para crerdes nele.
A
parábola dos lavradores maus
Mc.12.1-12.
Lc.10.9-18
33 Ouvi ainda outra parábola: Havia um
homem, proprietário, que plantou uma vinha, cercou-a com uma sebe, cavou nela
um lagar, e edificou uma torre; depois arrendou-a a uns lavradores e
ausentou-se do país.
34 E quando chegou o tempo dos frutos,
enviou os seus servos aos lavradores, para receber os seus frutos.
35 E os lavradores, apoderando-se dos
servos, espancaram um, mataram outro, e a outro apedrejaram.
36 Depois enviou ainda outros servos, em
maior número do que os primeiros; e fizeram-lhes o mesmo.
37 Por último enviou-lhes seu filho,
dizendo: A meu filho terão respeito.
38 Mas os lavradores, vendo o filho,
disseram entre si: Este é o herdeiro; vinde, matemo-lo, e apoderemo-nos da sua
herança.
39 E, agarrando-o, lançaram-no fora da
vinha e o mataram.
40 Quando, pois, vier o senhor da vinha,
que fará àqueles lavradores?
41 Responderam-lhe eles: Fará perecer
miseravelmente a esses maus, e arrendará a vinha a outros lavradores, que a seu
tempo lhe entreguem os frutos.
42 Disse-lhes Jesus: Nunca lestes nas
Escrituras: A pedra que os edificadores rejeitaram, essa foi posta como pedra
angular; pelo Senhor foi feito isso, e é maravilhoso aos nossos olhos?
43 Portanto eu vos digo que vos será
tirado o reino de Deus, e será dado a um povo que dê os seus frutos.
44 E quem cair sobre esta pedra será
despedaçado; mas aquele sobre quem ela cair será reduzido a pó.
45 Os principais sacerdotes e os
fariseus, ouvindo essas parábolas, entenderam que era deles que Jesus falava.
46 E procuravam prendê-lo, mas temeram o
povo, porquanto este o tinha por profeta.
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Mateus