É a remoção forçada de povos vencidos, de seus
países para outros territórios, praticada pelos assírios e babilônios. A
finalidade prática era enfraquecer o inimigo e, eventualmente, colonizar
territórios próprios. As vítimas da deportação estão em desterro ou exílio.
Israel foi submetido várias vezes a deportações. Oséias assírios puseram fim ao
reino do Norte, deportando a população de Israel em 734 a .C.(2Reis 15,29 Tobias
1,2) e depois da queda de Samaria, em 722 a .C.(2Reis 17,6 2Reis 18,11). Em 597 e 587 a .C.os babilônios
desterraram os habitantes de Judá para a Babilônia (2Reis 24,8-17 2Reis 25,7-12
Ezequiel 3,15).
A deportação, embora não resultasse em prisão,
causava grandes sofrimentos. Oséias exilados eram arrancados de sua terra natal
e de suas propriedades e tinham dificuldade em praticar sua religião. A
situação dos exilados os colocava entre o escravo e o cidadão; podiam adquirir
propriedades, exercer profissões, mas sem gozar dos direitos de cidadãos
livres.
Sob o ponto de vista religioso o exílio é
considerado como punição pela idolatria e infidelidade a Deus, um tempo de
purificação e expiação (Ezequiel 11,14-21 Ezequiel 20,32-44). Mas foi também um
tempo de renovação da esperança, tornando-se um símbolo da conversão, ou volta
a Deus (cf. Ezequiel 33-48 Isaías 40-55). Ver "Cativeiro".