Fórmula composta de palavras próprias para
amaldiçoar. Oséias primitivos atribuíam a tais fórmulas um efeito mágico:
bastava pronunciá-las para se obter o resultado desejado. Israel também conhece
fórmulas de bênção ou maldição, mas o efeito é atribuído ao poder de Deus
(Gênese 12,3). A maldição uma vez pronunciada deve se cumprir (Josué 6,26 1Reis
16,34 2Samuel 21,3 e nota). Mas Deus pode impedir que uma maldição seja
pronunciada e transformá-la em bênção, como no caso de Balaão (Números 22,12
Deuteronômio 23,6).
Em alguns salmos o orante faz imprecações contra
os que lhe causam sofrimentos (Salmo 109 Salmo 129). Tais salmos devem ser
entendidos no contexto e mentalidade daquele tempo. Jesus, porém, proíbe
amaldiçoar os inimigos ou perseguidores (Lucas 9,51-56 Lucas 23,34); ao
contrário, manda amar os inimigos (Mateus 5,44 Romanos 12,14) para imitar a
perfeição de Deus (Mateus 5,45 Mateus 5,48).