A riqueza no Antigo Testamento é considerada
como um bem relativo. Era apreciada porque dava prestígio e poder e era um dom
dado por Deus aos homens justos e sábios (Provérbios 8,18 Provérbios 10,22 Provérbios
22,4 Jó 1,1-3 Jó 42,10-17). Mas o homem pode adquiri-la pelo próprio esforço
(Provérbios 10,5 Provérbios 13,11 Eclesiástico 11,18); por isso ela é fonte de
orgulho (Jó 31,25 Provérbios 11,28) e torna difícil a convivência com o rico
(cf. Eclesiástico 13,1-24 e nota). A riqueza torna-se perigosa quando adquirida
por meios injustos (Provérbios 28,6 Provérbios 28,22 Provérbios 30,7-9) e causa
muito sofrimento aos pobres (Amós 2,6s; Amós 4,1-3 Amós 8,4-6 Miquéias 2,1s). O
rico deve lembrar-se de que a riqueza é passageira, pois com a morte perde tudo
(Provérbios 11,4 Provérbios 23,4s; Eclesiastes 11,19s).
No Novo Testamento Jesus tomou posição frente à
riqueza (Marcos 10,17-31 Lucas 12,13-24 18,24s). Ela é um dom de Deus, mas pode
causar decepções (Eclesiastes 5,9-6,6 Mateus 13,22) e colocar em perigo a
salvação do homem (6,19.24; 19,24). Jesus condenava a avareza (Lucas 12,13-15)
e exige dos que o querem seguir mais de perto a renúncia a todos os bens
(Mateus 19,18-30). As riquezas devem servir para ajudar os pobres (Deuteronômio
15,7s; Tobias 4,8s; Eclesiástico 29,1-13 Lucas 16,9 Lucas 12,33 2Coríntios 8-9
1Timóteo 6,17-19 Gálatas 2,10 1João 3,17). Ver "Pobre".