Pode ser entendida como louvor do homem que
bendiz a Deus por suas obras ou benefícios recebidos. Tal tipo de bênção
(bendição) é freqüente nos Salmos. Bênção é também a ação de Deus em relação ao
homem, enquanto objeto de seus benefícios, como a vida, a fecundidade, a paz e
o bem-estar em geral (cf. Salmo 131 Salmo 134). Na Bíblia a bênção pode ser
pronunciada pelo homem. Assim, os sacerdotes abençoam diariamente os israelitas
(cf. Números 6,23-27 e nota); os patriarcas abençoam os filhos antes de morrer
(Gênese 9,26s; Gênese 27,27-29 Gênese 49 Deuteronômio 33). O homem pode ser
também intermediário da bênção divina, como Abraão, escolhido para nele ser
abençoada toda a humanidade (Gênese 12,1-3).
No Antigo Oriente as fórmulas de bênção ou de
maldição eram consideradas eficazes, no sentido de que realizavam o que diziam,
sobretudo quando escritas (cf. Números 5,23). Por isso, os códigos de leis e
tratados de aliança eram concluídos com fórmulas de bênção e maldição (cf.
Levítico 26 Deuteronômio 28). Sua finalidade era impedir o desprezo das leis ou
a violação dos tratados e promover a fiel observância dos mesmos.
A vontade de Deus é que a bênção tome o lugar da
maldição (Ezequiel 34,24-30 Zacarias 8,13 Isaías 44,3 Isaías 53,1-12). Isto se
deu em Jesus: fazendo-se por nós maldito, cobriu-nos de bênçãos divinas
(Gálatas 3,10-11 1Pedro 2,22-24 cf. Romanos 8,3 ;2 Coríntios 5,21).